Outros quatro policiais também são alvos da ação da Corregedoria da pasta, que investiga grupo lotado na 32ª CIPM (Pojuca).
Sete policiais militares (seis homens e uma mulher), das patentes de subtenente e soldado, investigados por extorsão mediante sequestro e roubo são alvos de uma operação, nesta segunda-feira (6).
Três foram presos em Lauro de Freitas e já estão custodiados no Batalhão de Choque (BPChq) da PM e quatro ainda são procurados por equipes da Força Tarefa da Secretaria da Segurança Pública, que investiga grupos de extermínio e é responsável pela operação.
O grupo é lotado na 32ª Companhia Independente da PM (CIPM/Pojuca) e foi descoberto após prisão de outro soldado, em meados do mês de junho. Ele deixou cair uma arma durante uma ação criminosa e acabou identificado e preso.
Desta vez, foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão nos municípios de Pojuca, Alagoinhas, Capim Grosso, Igaporã e Feira de Santana. Cerca de 140 policiais militares e civis cumpriram as ordens judiciais expedidas pela Auditoria Militar de Salvador e pela comarca de Igaporã.
Além dos agentes públicos, um homem que atua como vigilante também foi alvo da operação. Ele foi capturado em Igaporã e apresentado na Delegacia Territorial (DT) de Guanambi.
Histórico
O grupo passou a ser investigado depois de um roubo que aconteceu na cidade de Igaporã, no dia 9 de junho deste ano. Um imóvel foi invadido por homens fardados que diziam cumprir mandado judicial.
Após subtraírem 5 mil reais, celulares e joias, os criminosos saíram e deixaram cair uma pistola calibre 40, pertencente a um soldado da 32a CIPM (Pojuca). No mesmo dia o militar foi preso.
Diante do caso, as Corregedorias Geral e da PM aprofundaram as investigações e descobriram indícios de participações de outros militares. Informações preliminares apontam que o grupo, em alguns casos, usava fardas rajadas (conhecida popularmente como Caatinga) e invadia locais usados por traficantes para sequestrar criminosos ou parentes.
Além dos delitos de extorsão mediante sequestro, associação criminosa e roubo, os policiais são investigados também por abuso sexual. Uma das vítimas, presa pelos investigados, além de ter o celular subtraído, alegou ter sido abusada.
A Força Tarefa da SSP tem 30 dias para concluir a investigação, que é o prazo das prisões temporárias, que pode ser prorrogada por igual período.