Os valores vão de R$ 75 para viagens dentro do pais e até R$ 650, para voos internacionais.
As principais companhias aéreas do país, Gol, Azul e Latam, anunciaram que vão aumentar o preço aplicado no despacho de bagagens. Os valores vão de R$ 75 para viagens dentro do pais e até R$ 650, para voos internacionais.
Para despachar uma bagagem em voo da Gol, o passageiro terá que desembolsar pelo menos R$ 95. A empresa afirmou que o reajuste nos valores para o despacho de bagagens se deve ao atual cenário de aumento de custos na aviação comercial e como forma de adequação aos valores praticados pelo mercado.
A Latam também aumentou o preço para o despacho de bagagens, porém apenas para voos nacionais. O passageiro passou a pagar a quantia mínima de R$ 75 em vez de R$ 65. O preço máximo não sofreu alteração e se mantém estável em R$ 160.
Em justificativa ao aumento, a empresa afirmou que a guerra na Ucrânia impactou diretamente o preço do petróleo e, como resultado, o valor do querosene utilizado em aviões subiu.
Já no caso da Azul, o reajuste fez o preço das bagagens saltar de R$ 80 para R$ 90 em trechos domésticos. As demais cobranças permanecem inalteradas.
O Procon de São Paulo notificou as companhias aéreas para que expliquem o aumento aplicado no despacho de bagagens. A resposta das empresas deverá ser encaminhada ao órgão até o dia 12 de abril.
Segundo o órgão, as empresas terão que explicar os itens que compõem o valor da taxa de despacho de bagagem e quais deles serão cobrados do consumidor. Esses itens deverão ser discriminados individualmente.
O Procon também pede informações sobre a relação de custo administrativo e custo de transporte que vão sofrer a aplicação do aumento.
A Azul informou que, quando receber a notificação do Procon, "prestará os devidos esclarecimentos". Já a Latam e a Gol ainda não se pronunciaram sobre a notificação do órgão de defesa do consumidor.
Além do preço das bagagens, os preços das passagens aéreas de voos domésticos no Brasil também subiram até 40% em março. alta é consequência direta da volatilidade do preço do barril de petróleo, causada pela guerra entre a Rússia a e Ucrânia.
Um levantamento feito pela plataforma Decolar, tendo como base as tarifas médias praticadas em voos que saem dos aeroportos paulistas de Congonhas e Guarulhos, mostra que as rotas mais impactadas são as mais populares.
A ponte aérea para o Rio de Janeiro, por exemplo, subiu 19% (de R$ 504,19 em fevereiro para R$ 598,99 em março). Voos para o Recife lideraram a alta de preço: o valor passou de R$ 559,82 para R$ 783,57, alta de 40%.