A varejista Alibaba começou a oferecer descontos para o Dia dos Solteiros em 2009 e, desde então, transformou o evento em uma festa de compras online.
O 11 de novembro é um dos dias mais aguardados pelos consumidores chineses - e pessoas de todo o mundo que compram de sites do país. Conhecido como "Dia dos Solteiros" (em referência aos quatro uns de 11/11 que seriam quatro pessoas solitárias) é, além de um anti-Dia dos Namorados, também tido como uma "Black Friday" do país asiático.
A varejista Alibaba começou a oferecer descontos para o Dia dos Solteiros em 2009 e, desde então, transformou o evento em uma festa de compras online.
Outras plataformas de e-commerce chinesas como JD.com (JD), Pinduoduo (PDD) e Red, bem como lojas físicas regulares também participam. O evento do Rival JD.com dura quase duas semanas - mais do que o do Alibaba.
Nos últimos anos, o Dia do Solteiro também tem ganhado força fora da China: a subsidiária do Alibaba no sudeste da Ásia, Lazada, oferece descontos "Double 11" em Cingapura, Malásia, Indonésia, Tailândia e Vietnã.
Força da economia chinesa
O evento rende regularmente dezenas de bilhões de dólares para a Alibaba e outras empresas de comércio eletrônico e varejo no país. Este ano, o Dia dos Solteiros assume novo significado como uma vitrine para o sucesso do país no combate aos estragos econômicos da pandemia de Covid-19.
Há expectativa de novas quebras de recordes: o Alibaba disse na manhã de quarta-feira que o frenesi anual de vendas até agora rendeu 372,3 bilhões de yuans (US$ 56,3 bilhões ou cerca de R$ 300 bilhões). O total inclui os primeiros 30 minutos do evento, junto com um período anterior de três dias que foi adicionado para impulsionar as vendas pós-pandemia.
Com esses dias adicionados, a varejista já bateu o recorde obtido durante o período de 24 horas do Dia dos Solteiros no ano passado. Na ocasião, a Aliababa vendeu 268,4 bilhões de yuans (US$ 40,5 bilhões) em mercadorias durante o evento de 2019, crescendo 25% ano a ano.
"A economia da China teve uma forte recuperação e os comportamentos de compra dos consumidores chineses já retornaram aos níveis pré-pandêmicos, se não mais altos", de acordo com Xiaofeng Wang, analista da empresa de pesquisa de mercado Forrester.