Saúde Pandemia

Senado aprova Revalida emergencial para aumentar número de médicos contra Covid

Exame permite validação de diplomas de profissionais formados em universidades estrangeiras. Proposta prevê novo Revalida em 90 dias e agora seguirá para votação na Câmara.

Por G7 Bahia

07/08/2020 às 08:17:20 - Atualizado há
Foto: Reprodução

O Senado aprovou nesta quinta-feira (6) um projeto que viabiliza a realização de um "Revalida emergencial", exame para reconhecer diplomas de profissionais de medicina formados em universidades estrangeiras.

O objetivo da proposta é aumentar o número de médicos atuantes no país, principalmente para o enfrentamento da pandemia de coronavírus. Com a aprovação no Senado, o texto seguirá para a Câmara dos Deputados. Se aprovado na Câmara, vai para sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O Revalida é o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas MédicosExpedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira.

É uma prova aplicada em duas etapas, uma teórica e outra prática, e tem por objetivo avaliar a capacidade dos médicos formados no exterior.

Além da prova, é analisada a compatibilidade do curso estrangeiro com o currículo e as exigências de formação de médicos nas universidades brasileiras.

O texto diz que o "Revalida emergencial" será realizado em até 90 dias, após a publicação da lei. Pela proposta, os aprovados "atuarão, prioritariamente, em ações de combate à Covid-19".

Em 14 de maio, o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, havia anunciado um novo Revalida para 11 de outubro.

O projeto aprovado no Senado estabelece que a prova será acompanhada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e possibilita que universidades particulares participem do processo.

Conforme a proposta, poderão validar o diploma estrangeiro as instituições brasileiras cujos cursos de medicina tenham nota 4 ou 5 no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O profissional estrangeiro precisará comprovar residência no Brasil para realizar o teste.

A proposta esclarece que o Revalida precisa ser aplicado todo semestre. O não cumprimento pode acarretar "ato de improbidade a omissão da sua realização".

Na prática, apesar de a lei em vigor determinar a aplicação a cada seis meses, o último exame foi realizado em 2017.

Demais cursos


O projeto facilita o reconhecimento, pelo governo brasileiro, de diplomas de todas as áreas emitidos por universidades estrangeiras.

Atualmente, a lei prevê que diplomas de graduação obtidos em universidades de outros países podem ser aprovados por instituições públicas brasileiras "que tenham curso do mesmo nível e área, respeitando os acordos internacionais de reciprocidade".

Para mestrado e doutorado, a regra é parecida e exige que a universidade brasileira possua cursos "reconhecidos e avaliados" de pós-graduação para realizar a validação.

A proposta mantém esses critérios. E adiciona que, para efetuarem o reconhecimento, as universidades brasileiras também precisam ter nota 4 ou 5 no Sinaes, no caso da graduação; e avaliação 5, 6 ou 7, nos casos de mestrado e doutorado.

Além desses critérios, o projeto cria novas possibilidades:

  • determina que o governo federal criará uma revalidação simplificada dos diplomas. Haverá uma lista, a espécie de um banco de dados, com as universidades pré-aprovadas. O aluno, após requisitar o reconhecimento, aguardará os seguintes prazos para a validação: 30 dias se a instituição estrangeira constar na lista e 60 dias se o curso estiver dentro do grupo. Se a universidade ou curso em questão não compor a relação, o estudante terá de ser respondido dentro de 90 dias. Esses prazos também valem se o pedido for negado;


  • a universidade brasileira poderá substituir ou complementar os processos de revalidação descritos com provas, cujas taxas não serão cobradas para alunos de baixa renda. A instituição poderá ainda oferecer ao estudante estudos complementares para que ele possa ter reconhecido o título.


Fonte: G1
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