Ao todo, são 800 veículos parados nas fronteiras do país
Após corte no Orçamento da União para 2022 e do reajuste salarial dado somente a policiais federais, diversas categorias de servidores públicos se mobilizaram para paralisar as atividades.
Dentre elas estão os auditores agropecuários, que nesta quarta-feira (5) decidiram paralisar as atividades em pontos na fronteira.
Em Pacaraima, no estado de Rondônia, cerca de 200 caminhões aguardam a liberação alfandegária, na fronteira com a Venezuela.
A carga contida nesses caminhões inclui alimentos como arroz, feijão, farinha de trigo, açúcar, café e macarrão, além de produtos de limpeza como detergente e sabão em pó, medicamentos, bebidas e matérias primas para indústrias.
Com a greve se estendendo a outras cidades como Manaus e Boa Vista, ao todo, são 800 veículos parados nas fronteiras do país.
Servidores da alfândega também fazem protesto chamado de operação-tartaruga no porto de Santos. A atividade se caracteriza pelo desaceleramento dos procedimentos trabalhistas.
Para tentar atenuar um pouco a situação, o governador de Roraima, Antonio Denarium, se reuniu com representantes do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita (Sindifisco) e prestou apoio à causa.
No entanto, George Alex de Sousa, presidente do Sindifisco da regional de Brasília, jogou a responsabilidade de negociação para o presidente. "Situações como essa tendem a se espalhar pelo país e pelas fronteiras, caso o Governo permaneça em silêncio".