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PF indicia irmã de Aécio Neves por obstrução da Justiça após recebimento de informações sigilosas

Segundo as investigações, irmã de Aécio Neves se aproveitava de informações para impedir ou embaraçar investigações de organizações criminosas; defesa dela disse que vê indiciamento com "perplexidade". Outras 5 pessoas também foram indiciadas.

Por G7 Bahia

10/06/2020 às 13:07:46 - Atualizado há
Andréa Neves chegando à PF de Belo Horizonte para ser ouvida em novembro de 2018. - Foto: Fernando Zuba/Globo

A Polícia Federal concluiu o inquérito da Operação Escobar nesta quarta-feira (10) e indiciou a irmã do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, dois escrivães da corporação, dois advogados e um empresário por crimes como corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça.

Ainda caberá ao Ministério Público definir se abre ou não denúncia contra os indiciados. Caso eles sejam denunciados, a Justiça deverá decidir se aceita ou não a denúncia e os torna réus. Só depois disso que eles poderão ser julgados. As provas contra os servidores da PF foram encaminhadas à Corregedoria Regional da corporação em Minas.

Segundo o inquérito da PF, relatado pelo delegado Rodrigo Morais Fernandes, o empresário Pedro Lourenço recebia informações sigilosas de investigações da corporação a partir de conversas com o advogado Ildeu da Cunha Pereira, que morreu em fevereiro deste ano.

Andrea recebia documentos da corporação obtidos pelo advogado Carlos Alberto Arges, também segundo a investigação. Os vazamentos ocorriam através dos escrivães Márcio Antônio Marra e Paulo Bessa.

De posse dessas informações sigilosas, Andrea e Lourenço se beneficiavam, impedindo ou embaraçando investigações relacionadas a organizações criminosas em que estavam envolvidos ou nas quais tinham interesse direto, segundo o inquérito da PF.


A PF atribuiu aos indiciados os seguintes crimes:

  • Andrea Neves: obstrução de Justiça (até 10 anos de prisão)
  • Empresário Pedro Lourenço: obstrução de Justiça (até 10 anos de prisão)
  • Advogado Ildeu da Cunha Pereira: violação de sigilo funcional, corrupção passiva e corrupção ativa, além dos crimes de integrar organização criminosa e de embaraçar investigação de infração penal que envolva organização criminosa (até 34 anos de prisão)
  • Advogado Carlos Alberto Arges - violação de sigilo funcional, corrupção passiva e corrupção ativa, além dos crimes de integrar organização criminosa e de embaraçar investigação de infração penal que envolva organização criminosa (até 34 anos de prisão)
  • Escrivão da PF Márcio Antônio Marra - violação de sigilo funcional, corrupção passiva e corrupção ativa, além dos crimes de integrar organização criminosa e de embaraçar investigação de infração penal que envolva organização criminosa (até 34 anos de prisão)
  • Escrivão da PF Paulo Bessa - violação de sigilo funcional, corrupção passiva e corrupção ativa, além dos crimes de integrar organização criminosa e de embaraçar investigação de infração penal que envolva organização criminosa (até 34 anos de prisão)

Fonte: G1
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