Parlamentar defendeu a criação da CPI para investigar omissões do governo na Saúde e pontuou situações que considera criminosas
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, nesta segunda-feira (25/1), que não tem dúvidas de que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, cometeu crime contra a população brasileira.
Ao defender a CPI da Saúde, o parlamentar explicou que a Câmara dos Deputados não possui prerrogativa para impedimento de ministro, apenas do presidente da República.
"Eu não tenho dúvida nenhuma de que o ministro da Saúde já cometeu crime, a irresponsabilidade dele do tratamento precoce, a irresponsabilidade dele de não ter respondido à [carta da] Pfizer, de não ter se aliado ao Instituto Butantan para acelerar a vacina, e não apenas a da Fiocruz – tudo isso já caracteriza crime e a PGR está investigando", declarou Maia a jornalistas.
Em meados de setembro de 2020, o CEO mundial da Pfizer, Abert Bourla, enviou cartas ao ministro da Saúde e ao presidente Jair Bolsonaro com intuito de dar início às negociações para a aquisição do imunizante. As correspondências não teriam sido respondidas, o que possivelmente atrapalhou as aquisições posteriores.