Educação Análise

Bancada evangélica analisa pedir demissão do ministro do MEC após áudios vazados

Alguns de seus colegas pedem que ele convoque uma entrevista coletiva para esclarecer os fatos.

Por G7 Bahia

22/03/2022 às 14:34:45 - Atualizado há
Foto: Reprodução

Os líderes da bancada evangélica no Congresso deram um prazo de 24 para que Milton Ribeiro, ministro da Educação, explique os áudios vazados em que ele afirma ter favorecido a liberação de verbas para prefeitos a pedido de pastores ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Parte das lideranças, indignadas por nem sequer conhecerem os pastores em questão, já pedem a troca do comando do MEC (Ministério da Educação), mas dizem que antes vão ouvir a justificativa de Ribeiro.

Sóstenes Cacalvante (PL-RJ), presidente da bancada e aliado de Bolsonaro, entrou em contato diretamente com o ministro. Alguns de seus colegas pedem que ele convoque uma entrevista coletiva para esclarecer os fatos.

Já o vice-presidente Luis Miranda (Republicanos-DF), que já não é mais apoiador do presidente, concorda. "Se os fatos forem comprovados, é caso, sim, de exoneração do ministro", disse. "Conversei com vários integrantes da bancada evangélica, e mesmo os que apoiam o governo não têm o 'privilégio' de ver seus pleitos atendidos desta forma. Um ministro não pode defender interesses privados, mas sim de toda a sociedade."

Entenda o caso

O ministro da Educação Milton Ribeiro afirmou em uma gravação que o governo dá prioridade a pedidos de verba negociados por dois pastores que não têm cargos oficiais, mas atuam de forma informal dentro do Ministério da Educação (MEC), atendendo a uma solicitação do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Desde o começo de 2021, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura promoveram encontros de prefeitos no MEC que levaram a pagamentos e empenhos (reserva de valores) de R$ 9,7 milhões, em apenas dias ou semanas depois de promoverem as agendas.

Na reunião gravada, o ministro falava sobre o orçamento da pasta e os valores que são geridos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

"A minha prioridade é atender primeiros os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos que são amigos do Pastor Gilmar. Não tem nada com o Arilton, e tudo com o Gilmar. Por que ele? Porque foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do Gilmar", afirma Ribeiro no áudio.

Fonte: Yahoo
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