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EUA reabrirão fronteiras para estrangeiros vacinados a partir de 8/11

Turistas brasileiros poderão entrar no país sem nenhuma restrição

Por G7 Bahia

07/11/2021 às 14:37:53 - Atualizado há
Foto: Reprodução

Os Estados Unidos reabrirão suas fronteiras aos visitantes estrangeiros que estejam completamente vacinados contra a COVID-19 a partir de 8 de novembro. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (15/10) por Kevin Muñoz, subsecretário de imprensa da Casa Branca. Agências de viagem e turistas brasileiros já estão programando o retorno dos passeios no país da América do Norte.

A data já era aguardada pela comunidade internacional, que recebeu a notícia de suspensão das restrições em setembro. Na época, a Casa Branca informou que a medida entraria em vigor a partir do início de novembro, sem especificar o dia. Além disso, o país também não informou quais vacinas seriam aceitas.

Por meio de sua conta no Twitter, o subsecretário de imprensa da Casa Branca, Kevin Muñoz, fez o anúncio. "A nova política de viagens dos EUA que exige vacinação para viajantes estrangeiros nos Estados Unidos começará em 8 de novembro. Este anúncio e data se aplicam a viagens aéreas internacionais e terrestres. Essa política é pautada pela saúde pública, rigorosa e consistente", afirma a publicação.

Em março de 2020, a Casa Branca fechou as fronteiras aos viajantes procedentes da União Europeia, Reino Unido e China, e mais tarde adicionou à lista Índia e Brasil. Também proibiu a entrada por terra ou balsa a partir do México e Canadá.

As restrições afetaram milhões de pessoas e contribuíram para sofrimento pessoal e econômico provocado pela pandemia. As agências de viagem sofreram com a medida e se viram obrigadas a encontrar outras alternativas ou ficar sem vender pacotes com destino aos EUA.
Para Paulo Eduardo Camargo, dono da agência Ello Turismo e Viagens, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, uma das saídas foi vender pacotes com opção de quarentena em outros países, que não tinham restrição de entrada nos EUA.

"As vendas estavam sendo, até então, com a quarentena de 14 noites no México ou Costa Rica. Todos que queriam ir, precisavam ter a disponibilidade de tempo", diz.

Mas nem sempre os interessados em ir tinham possibilidade de ficar 14 noites em quarentena e só depois iniciar o passeio nos EUA.

"Houve uma boa procura por esses pacotes, mas a falta de tempo para ficar parado em outro país até poder entrar nos Estados Unidos é que impactou nas vendas. Da disponibilidade que a pessoa tinha, era preciso investir 14 noites num local que não era de seu interesse. Muitos só tinham 10 ou 12 dias, então ficava inviável".
Com a reabertura das fronteiras, Paulo está ansioso para a volta da normalidade nas viagens e acredita que o preço das passagens fará diferença nos pacotes. "Acho que as tarifas aéreas vão chegar com bastante apelo para motivar as pessoas e pacotes promocionais com bons preços vão aparecer".

Além dos valores atrativos, ele acredita que outro ponto será motivador para esquentar as viagens. "A grande motivação deve ser o tempo que essas pessoas não conseguiram sair de casa, acho que essa vontade reprimida será o grande incentivador. Mas todo mundo ainda está com muita cautela, aguardando a fronteira realmente abrir, para conseguir viajar".

Como vai funcionar?

Segundo a Agence France-Presse (AFP), os detalhes técnicos e práticos da nova política, como quais serão os requisitos para as crianças pequenas, ainda não foram divulgados. Entretanto, há algumas orientações. Veja:
  • Viajantes de avião: as companhias aéreas deverão estabelecer um sistema de rastreamento de contatos e exigir um teste RT-PCR de até três dias antes da partida. Além do comprovante de vacinação.
  • Viajantes terrestre ou marítimos: poderão atravessar a fronteira do Canadá ou México as pessoas que viajam por motivos considerados "não essenciais", como familiares ou turísticos, desde que estejam vacinadas.
Ainda de acordo com a AFP, pessoas que entram no país por motivos "essenciais", como os caminhoneiros, por exemplo, estarão isentas da vacinação. Mas a partir de janeiro, a obrigação da vacina contra a COVID-19 será aplicada a todos os visitantes que atravessarem as fronteiras terrestres, independentemente do motivo de entrada.


Quais vacinas podem entrar?

Até então, o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, órgão semelhante à Anvisa) considerava vacinadas contra a COVID-19 pessoas que tomaram as vacinas aprovadas para uso emergencial no país: da Pfizer, da Moderna e da Janssen.
Entretanto, no início do mês, as autoridades sanitárias disseram que todas as vacinas aprovadas pela agência de medicamentos do país, a FDA, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) seriam aceitas para a entrada por via aérea. Até o momento, isso inclui as vacinas da AstraZeneca, Pfizer, Johnson & Johnson (Janssen), Moderna, Sinopharm e Sinovac.
No Brasil, estão sendo aplicadas as vacinadas da AstraZeneca, Pfizer, Janssen e CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac.
Na expectativa
Segundo o agente de viagens Paulo Camargo, mesmo com as restrições impostas pelos EUA, muitas pessoas já estavam com passagens compradas. "Já tem gente com passagem emitida, mesmo quando não tinham datas para reabertura, inclusive, neste momento, estou cuidando de uma família que fará a viagem".

Segundo Rodrigo Machado, consultor de viagens da Ibiza Turismo e Viagens, localizada no Bairro de Lourdes, Região Centro-Sul de BH, sem a venda de pacotes para os Estados Unidos, alguns destinos nacionais e europeus balancearam a parte financeira da agência.

"A gente estava perdendo, apesar de que muita gente começou a procurar pacotes para Europa e outros destinos nacionais. Isso ajudou bastante. De certa forma, foi balanceando".

Apesar dos "novos" destinos que viraram atrativos na pandemia, o retorno do turismo aos Estados Unidos empolga o agente de viagem.

"Estamos animados, tem uma turma que é destinada a ir aos EUA, principalmente aqueles que gostam muito de ir para Orlando em janeiro. Geralmente são famílias com crianças e adolescentes. Outros locais procurados são Nova York e a costa oeste, como Los Angeles e São Francisco", finaliza Rodrigo.
Fonte: Estado de Minas
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