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Casos de assédio e estupro circundam áreas isoladas de Caraíva, em Porto Seguro

De acordo com a reportagem, o crescimento dos casos de violência sexual, principalmente contra mulheres, é por conta da falta de estrutura do local.

Por G7 Bahia

31/07/2021 às 12:19:17 - Atualizado há
Foto: retirada da internet

Casos de assédio e estupro circundam as áreas isoladas de Caraíva, vilarejo de Porto Seguro, e um dos principais destinos para turistas que visitam o sul da Bahia. A informação é do Correio da Bahia.

De acordo com a reportagem, o crescimento dos casos de violência sexual, principalmente contra mulheres, é por conta da falta de estrutura do local. Informações apontam que não há posto policial e nem suporte na realização dos eventos. Ainda assim, o antigo vilarejo onde a energia elétrica só chegou em 2008, hoje é um dos polos do turismo de luxo no estado, com 40 pousadas, 12 restaurantes e cinco bares.

Moradores do local contam que, à noite, há mulheres que preferem não circular sozinhas. O aumento dos casos têm assustado e mobilizado a população nativa. No final de dezembro de 2019, por exemplo, depois da três casos de estupro registrados, um grupo de mulheres fundou o Caraíva Sem Assédio, que promove reuniões e ações de conscientização desde então.

"Machismo e abuso sempre aconteceram. Agora, as pessoas estão falando mais e está ocorrendo mais, por ter lugares mais afastados com pessoas morando. É muita gente sem controle para receber todo mundo", declara o coletivo.

O medo também tem mudado a rotina de mulheres e preocupado a comunidade local e empresários. Os indígenas da Aldeia Xandó, onde ocorreram tentativas de estupro, tentam fortalecer as discussões sobre a violência sexual contra a mulher. "Já existe um certo preconceito com indígena. Mas, hoje, no Xandó, 30% é indígenas e 70% vem de fora. Área com turismo e dinheiro traz gente indeliquente", disse uma liderança em entrevista ao Correio.

Turista espanhola

No último dia 25 de julho ocorreu o estupro de uma turista espanhola no local. Mas este não foi o único registro de violência sexual contra mulheres neste ano na comunidade. Em julho, pelo menos três mulheres foram vítimas de tentativas de estupro. Um deles ocorreu duas semanas antes do crime contra a estrangeira.




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