A nova compra seria somada à aquisição das 100 milhões de doses já acertadas em contrato, com previsão de entrega ao Plano Nacional de Imunizações (PNI) de forma escalonada até setembro deste ano.
O Ministério da Saúde anunciou hoje que manifestou ao Instituto Butantan a intenção de comprar mais 30 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra covid-19 desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Em ofício enviado ontem ao Butantan, o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, pediu ao instituto ligado ao governo do Estado de São Paulo que se manifeste sobre a possibilidade de fazer esse fornecimento adicional e apresentar um cronograma de entrega dessas doses entre os meses de outubro e dezembro deste ano.
Segundo o ministério, a nova compra seria somada à aquisição das 100 milhões de doses já acertadas em contrato, com previsão de entrega ao Plano Nacional de Imunizações (PNI) de forma escalonada até setembro deste ano.
Procurado, o Butantan disse que recebeu o ofício do Ministério da Saúde e que está avaliando a demanda da pasta.
A intenção de compra foi oficializada em um momento de tensão entre o Instituto Butantan e o Ministério da Saúde por causa do fornecimento de vacinas previstas para fevereiro.
Ontem, Elcio Franco disse que a expectativa do governo era receber 9,3 milhões de doses do imunizante neste mês, mas receberá apenas 2,7 milhões, 30% do esperado.
"Fica muito difícil planejar sem nós termos confirmação do que vamos receber. Tudo previsto em contrato. Por isso continuamos buscando, para mitigar situações como esta, contratos com outras empresas", disse o secretário-executivo da pasta.
Em resposta, o Instituto Butantan divulgou uma nota oficial acusando o ministério de omitir fatos que já eram de conhecimento público.
"O Ministério da Saúde omite e ignora fatos em seu comunicado oficial. Deixa de informar que, como é de conhecimento público, o desgaste diplomático causado pelo governo brasileiro em relação à China provocou atrasos no envio da matéria-prima necessária para a produção da vacina", afirma a nota.