Política Governo Bolsonaro

PF investiga se Planalto usou youtubers como laranjas

Canais que tem acesso constante ao governo e recebem apoio de integrantes do Executivo faturaram recursos elevados na plataforma de vídeos

Por G7 Bahia

04/12/2020 às 17:33:04 - Atualizado há
Foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press

Canais de conteúdo bolsonarista do YouTube estão na mira da Polícia Federal. A corporação quer saber se produtores de conteúdo aliados do governo atuam como laranjas do governo federal. Por meio de acesso irrestrito ao Palácio da Alvorada e na obtenção de imagens do presidente, o vlogueiros arrecadam até R$ 100 mil por mês.

A verba recebido ocorre por meio de pagamentos do site, que remunera os canais de acordo com a quantidade de acesso nos vídeos. As diligências ocorrem no âmbito do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar atos democráticos. A corporação também investiga a eventual ligação do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, com a rede de canais. As informações foram reveladas pelo jornal O Estado de São Paulo.

Em depoimento à PF, Carlos Bolsonaro negou qualquer envolvimento. O acesso privilegiado ao governo atrai milhões de acessos na rede, como é o caso do canal Folha Política, que tem 2,9 milhões de inscritos no YouTube. Em depoimento, Ernani Fernandes Barbosa Neto, fundador do canal, afirmou ter rendimentos que variam de R$ 50 mil a R$ 100 mil por mês.

Os investigadores querem saber se os privilégios ocorrem em troca do pagamento de propina ou benefícios a servidores públicos e agentes do governo. Outro canal, o Foco Brasil, teria contado com a ajuda de um funcionário da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para obter imagens de satélite, como se fosse uma emissora de televisão.

As diligências estão avançadas, e estabelecem fortes ligações entre o governo e os youtubers. O material será enviado ao Supremo para análise e eventual responsabilização dos suspeitos de atentarem contra a ordem democrática, espalhar boatos e incitar grupos contra as instituições.

Fonte: Correio Braziliense
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