Para ele, deve existir uma participação direta da população na construção de uma cidade.
Conhecer o político pode ajudar na decisão das eleições que mudará a gestão da Prefeitura de Salvador, uma grande preocupação dos soteropolitanos é votar sem conhecer o perfil do seu candidatado. O entrevistado desta terça-feira(3) é o historiador Hilton Coelho, ele é um dos nove que disputa o cargo. Para ele, um político deve saber que o povo é o patrão. Na sua estratégia de campanha ele reafirma as causas dos que mais sofrem com as políticas racistas e de genocídio dos trabalhadores.
Os eleitores devem comparecer para votar no dia 15 de novembro, em sua zona eleitoral, das 7h às 17h. O horário entre 7h e 10h é preferencial para pessoas acima de 60 anos
Nome completo: Hilton Barros Coelho
Apelido de infância: Tinho
Onde nasceu: Brotas
Idade: 49
Signo: Câncer
Religião: Respeito todas
Qual a formação profissional: Historiador
Já trabalhou como: Servidor Público Federal (TRT)
Estado civil: Casado
Quantos filhos: 2
Se classifica como (sexo): Masculino
Estilo musical/cantor preferido: MPB, Lazzo Matumbi
Qual livro mais gostou de ler e por quê? O ensaio sobre a lucidez (José Saramago), por retratar uma atitude de rebeldia coletiva
Filme favorito: Crash no Limite
Time do coração: Bahia
Qual o lugar favorito em Salvador: São Tomé de Paripe
Carnaval ou São João? Os dois
Prato predileto: Feijão
Estilo musical: MPB
Melhor lembrança da infância: Andanças pela cidade, de Brotas à Pituba e aventuras nas praias
Quando era criança, brincava de: Gude
Humanas ou exatas: Humanas
Ditado mais certo: "Uma andorinha só não faz verão. Queremos nossa gente unida na construção de uma nova Salvador, uma Salvador de seu povo, para seu povo."
Filhos: Maiana e Maria Flor
*Complete e frase: Uma cidade ideal é aquela que... seja realmente de todas e todos, onde não haja racismo, patriarcalismo, ódio de classe e LGBTQIA+fobia, livre do elitismo das colonialidades e subserviência aos poucos ricos; uma cidade libertada, em que todos os povos componentes de sua história sejam livres e respeitados. Além de ser um lugar em que todos comam de forma saudável, morem com dignidade, boa educação e a saúde sejam direitos garantidos. A cidade ideal é aquela que as crianças são escutadas e respeitadas como sujeitos políticos e de direitos.
Qual a virtude mais importante de um político?
Compreender que a autocracia, o autoritarismo, não o deixará incólume. É estar ao lado dos que lutam por liberdade, igualdade e justiça.
O que mudou do discurso e as estratégias para Salvador nesta campanha em relação às demais?
No nosso discurso, só houve a consolidação de nossa coerência, nossa marca no exercer político. A nossa coerência em reafirmar sempre o nosso lado: o lado das maiorias periféricas, negras, dos que mais sofrem com as políticas racistas e de genocídio, das trabalhadoras e trabalhadores, constantemente explorados pelos governos elitistas e inescrupulosos. Nossas estratégias de diálogo com as maiorias somente procuram atualizar os meios de realização do diálogo, como aconteceu nesse contexto de pandemia, mas nossa coerência continua sendo, não a estratégia, mas o sentido de nossa candidatura e projeto coletivo.
Qual será a marca de Hilton 50 na gestão de Salvador?
Nossa marca, com certeza, será governar junto com o povo, mostrando que é possível a participação direta da população na construção de uma cidade mais justa e livre. Seremos, na história de Salvador, a primeira gestão a realizar o Congresso do Povo, a delegar para um fórum participativo a eleição das secretárias de Educação e Saúde, entre tantas outras iniciativas tão temidas pelas poucas famílias que exploram e humilham as maiorias; elites, estas, que enriquecem à custa do povo, dando-lhe, no máximo, migalhas.