Esta é a última etapa para que uma imunização tenha aval para ser distribuída à população. A ideia é ofertar as doses de graça por meio do Programa Nacional de Vacinação
Antes mesmo de uma aprovação oficial da sonhada vacina contra o novo coronavírus, o Brasil já discute como será feito o registro da candidata de Oxford, considerada a mais avançadas nos testes e estudos feitos em todo o mundo. Uma reunião entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizada na quarta-feira da última semana (18/8), definiu que o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) realizará as etapas de formulação, armazenamento e rotulagem da vacina.
Já a produção do insumo farmacêutico ativo (IFA), que compõe o imunobiológico, será realizada no Centro Henrique Pena. Segundo o diretor do Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, esse alinhamento entre os órgãos é fundamental para que o registro possa acontecer o mais rapidamente possível.
"Essa análise prévia é uma prática de longa data que adotamos junto à Anvisa para a incorporação de tecnologias, e só traz benefícios para o país, na medida em que nos dá direcionamentos de medidas a serem tomadas antecipadamente para o cumprimento das exigências regulatórias e o apoio necessário para a importação dos insumos", disse.
Para a parceria, o Ministério da Saúde já liberou aproximadamente R$1,9 bilhão, que inclui a compra de 100 milhões de doses, além da transferência tecnológica para que o Brasil tenha capacidade de produzir a imunização internamente.
De acordo com a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), atualmente há 13 protocolos de vacina, quatro em fase 3 de testes. Uma da vacinas que já está na fase mais avançada de testes, a 3, é justamente a vacina de Oxford. Em junho, a Anvisa aprovou a realização de estudos clínicos de fase III do imunizante dentro do país.