Em carta, médico esclareceu todo o procedimento médico que ocorre desde a suspeita da doença até a admissão no hospital especializado o protocolo nos casos de mortes.
Depois de dizer que 40% das mortes registradas no Hospital Espanhol como Covid-19 são decorrentes de outras doenças, o diretor da unidade e infectologista, Roberto Badaró, desmentiu declaração e, por meio de uma carta, negou a afirmação.
No informe, o especialista disse que "todos os óbitos ocorridos no Hospital Espanhol são avalizados pela coordenação médica. Se o óbito ocorre é obrigação da unidade hospitalar que emite a Declaração de Óbito (DO), colocar a causa corrigida e não continuar com a suspeita diagnósticada da chegada".
Segundo o médico, se uma morte acontecer antes do resultado laboratorial, a DO sairá como suspeita de Covid-19, podendo ser corrigida pos morte pela autoridade sanitária estadual. Com isso, os óbitos suspeitos só poderão ser contabilizados como casos de coronavírus após investigação e resultado laboratorial confirmado.
Em um trecho da carta, ele também explica que o dignóstico clínico realizado pela equipe médica antes da confirmação do laboratório é necessário e importante para evitar deixar casos graves sem atendimento adequado.
"Não fosse assim, centenas de pessoas permaneceriam nas UPAs por vários dias, em condições inadequadas de tratamento. Dessa forma, nem todos os pacientes internados nos hospitais terão o resultado do RT-PCR confirmado antes da admissão", explicou.
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