Entretenimento Calcinha Preta

Paulinha Abelha está com inflamação em membrana no cérebro e médicos investigam causa

A notícia inicial de que a artista estaria com algum tipo de bactéria do cérebro foi desmentida.

Por G7 Bahia

23/02/2022 às 14:42:02 - Atualizado há
Foto: Reprodução

O Hospital Primavera, de Aracaju, realizou uma coletiva de imprensa na última terça-feira (22) para falar do estado de saúde de Paulinha Abelha, cantora do Calcinha Preta. Ela está internada desde o dia 11 de fevereiro, em coma, com quadro de inflamação da membrana que envolve o cérebro, de acordo com a equipe médica, além de disfunção renal e hepática. A notícia inicial de que a artista estaria com algum tipo de bactéria do cérebro foi desmentida.

"Na UTI a gente tinha duas vertentes: dar suporte às falências orgânicas para que não continuassem progredindo, porque ela já tinha disfunção renal e hepática. E tinha um quadro neurológico em coma profundo sem nenhum tipo de reflexo e resposta. [...] Repetimos a ressonância cerebral para tentar identificar o motivo do coma. Outros exames clínicos e neurológicos também foram realizados. De sexta-feira para cá o quadro neurológico segue inalterado. A alteração que conseguimos identificar na ressonância foi um quadro de inflamação da membrana que envolve o cérebro", declarou um dos médicos responsáveis pelos cuidados de Paulinha.

De acordo com ele, a equipe segue investigando a parte neurológica da cantora. "Têm exames que descartaram e confirmaram algumas coisas e outros ainda estamos esperando", completou.

Paulinha segue em coma grave e profundo. "A pergunta que fazemos aqui no dia a dia é: quais as justificativas de uma pessoa estar na escala mais baixa que você pode ter em uma escala de coma", disse outro médico da equipe.

Uso de diuréticos

Durante a coletiva, um repórter questionou se o uso de diuréticos que Paulinha costumava tomar poderia ter influência no quadro de saúde. Os médicos explicaram que medicamentos para emagrecer que a cantora usou podem, sim, causar lesão renal, mas isso ainda não foi comprovado.

"De fato, o uso abusivo de algumas substâncias, inclusive de cunho estético, podem, sim, levar a uma lesão renal. O fato é que não tem nenhum exame comprovatório hoje no caminho de dizer que ela tivesse alguma lesão prévia e não temos nenhum sinal de lesão crônica. De fato, o uso rotineiro de remédios tem esse risco, mas não parece o caso. Fomos questionados ao longo da semana se os tratamentos e as tentativas de perda de peso teriam alguma responsabilidade no quadro clínico dela. Quando se fala em quadro de síndrome tóxicometabólica é que tem alguma substância circulando no corpo da paciente que deve estar gerando uma cascata de lesões nos órgãos. Qualquer substância - seja prescrita ou não -, medicamento é droga. Mas quando Paula o fez, foi de caráter supervisionado. A gente trabalha, sim, com a possibilidade de alguma intoxicação de medicamentos, existem exames em andamento, iremos confirmar ou negar. Nesse momento essa resposta nós não temos", explicou a equipe.

Quadro irreversível?

Os médicos ainda negaram que o quadro neurológico de Paulinha seria irreversível no momento. "Ela está em coma profundo, mas em nenhum momento foi falado sobre morte encefálica. O coma é uma condição potencialmente reversível. Existe um coma profundo, que traduz uma injúria encefálica severa, mas não existe um conceito de irreversibilidade ainda. Então estamos trabalhando para ver se reverte esse processo", disse um dos profissionais.

Sobre sequelas do coma, os médicos optaram por não comentar. "Hoje nosso interesse é mantê-la viva e não está sendo fácil. Não me sinto confortável para falar sobre possibilidade de sequela em um paciente que, à princípio, nosso esforço está sendo destinado a mantê-la viva. Sequela vem mais à frente, se sobreviver. Nesse momento nosso compromisso é dar suporte para que ela passe dessa fase aguda, recupere função renal e, se o bom Deus permitir, que ela recupere a injúria neurológica para que, se possível for, retome as atividades. Mas a preocupação agora não é com sequela, mas com a manutenção da vida", responderam.

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Fonte: Yahoo
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