Foi apresentada nesta sexta-feira (04/06) por uma funcionária da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a denúncia contra o presidente da entidade, Rogério Caboclo de assédio moral e sexual. Os relatos foram feitos pela vítima à Comissão de Ética e Diretoria de Governança e Conformidade da instituição. O cartola é pressionado para deixar o cargo.
A mulher trabalha como cerimonialista e detalhou os constrangimentos causados por Caboclo. Segundo ela, o cartola estava sob a influência de álcool em todos os episódios e o os abusos teriam começado em abril do ano passado. Além disso, diretores da CBF teriam presenciado algumas ocorrências. Em um deles, Caboclo teria tentado forçá-la a comer um biscoito de cachorro e a chamado de "cadela". Em outra ocasião, teria perguntado se ela se masturbava.
Caboclo ainda teria inventado relacionamentos amorosos dela com outras pessoas da confederação. A comissão de ética pode recomendar que a denúncia seja enviada às autoridades policiais e judiciais. Esportivamente, ele pode ser banido do futebol.
Há denúncia de comportamento impróprio do dirigente, agora detalhado pela vítima como assédio moral e sexual, estourou há mais de um mês. Reportagem recente da Folha aponta que dirigentes de federações disseram que a funcionária tinha várias provas das atitudes do mandatário, inclusive fotos íntimas enviadas por ele.
Presidentes de entidades estaduais afirmaram também à reportagem que a situação de Caboclo pode se tornar insustentável e que o momento não poderia ser pior politicamente para o cartola, que tenta desmantelar uma revolta de jogadores que pode levar ao boicote da Copa América.
A vítima foi contratada pela CBF em 2012, na administração de José Maria Marin. Ela foi levada ao departamento de cerimonial pelo seu sucessor, Marco Polo Del Nero. O acusado ainda não comentou o caso.