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Moradores reclamam de transporte coletivo na Santa Mônica

Horários irregulares, ônibus sujos e pontos sem estrutura, redução de frota e longas horas de espera são algumas das queixas dos moradores do bairro.

Por Márcia Santana

10/07/2020 às 11:24:53 - Atualizado há
Foto: G7Bahia

Já pensou chegar a um ponto de ônibus, aguardar o transporte sentado e seguir para o destino no fresquinho e sem passar aperto? Para os moradores do bairro da Santa Mônica, na capital baiana, isso parece a descrição de um sonho. Lá, apenas os pontos do final de linha têm cobertura e banco, somente duas linhas atendem ao bairro e os veículos demoram a passar, são velhos e sujos, segundo eles.

Usuária assídua do transporte coletivo municipal, a estudante Jusciane Silva, 37 anos, afirmou que na localidade o serviço deixa muito a desejar. "Passamos mais de uma hora aguardando um ônibus que quando vem é superlotado. Isso é uma falta de respeito com os moradores que precisam sair de casa com mais de duas horas de antecedência para pegar o transporte e chegar ao destino. Uma vergonha", desabafou.

A opinião é compartilhada pelo caminhoneiro Reginaldo Santos, 36. "Atualmente a situação está caótica, houve a redução de transporte, mas não é digno ficarmos uma hora e meia aguardando um coletivo e ainda sermos obrigados a pegar um veículo lotado", argumentou, referindo-se à redução de frota anunciada pela prefeitura municipal como medida de prevenção ao novo Coronavírus no início da quarentena.

"Aqui só têm Pituba e Acesso Norte, se você quer ir para qualquer outro bairro tem que fazer conexão e, para piorar, o ponto de ônibus é numa ladeira, uma verdadeira cachoeira nos dias de chuva", criticou autônomo Carlito Moreira, 54.

Moradores dizem que a situação se agrava nos dias de chuva, já que boa parte dos pontos de ônibus não tem cobertura.

O morador também reclamou do não cumprimento da promessa de substituição da frota por veículos novos e com ar-condicionado. Em março, ao anunciar o reajuste na tarifa de R$ 4 para R$4,20, a prefeitura também prometeu a chegada de 300 ônibus climatizados até setembro.

Na última sexta-feira (3), a Prefeitura Municipal realizou mudanças no serviço e o público local passou a ser é atendido pelo Consórcio Ottrans, mas, para os usuários, nada mudou. A reportagem do G7 Bahia tentou contato com Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob) para verificar as denúncias da população, mas não obteve resposta até o momento da publicação desta reportagem.

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