Geral Síndrome de Haff

Morre veterinária de 31 anos vítima da Síndrome de Haff após comer peixe contaminado

O número de casos da doença de Haff na Bahia teve um crescimento 206%, segundo dados da Sesab do início de fevereiro.

Por G7 Bahia

03/03/2021 às 01:36:32 - Atualizado há
Foto: Reprodução Instagram/@priscylaandrade

A veterinária Priscyla Andrade, de 31 anos, que estava internada em Recife, Pernambuco, com suspeita de Síndrome de Haff, morreu nesta terça-feira, 2.

Foto: Reprodução rede social

O falecimento foi confirmado pela mãe, Betânia Andrade. "Priscyla, o céu hoje estará te recebendo com muita luz na casa do pai. E aqui jamais esqueceremos da sua humildade, caráter, da sua eficiência como profissional. Meiga, linda, alegre, sorridente e cheia de luz. Seu sorriso vai ficar na minha memória eternamente", escreveu a mãe em publicação nas redes sociais.

A veterinária estava no Real Hospital Português desde o dia 18 de fevereiro, quando passou mal e precisou ser internada após comer um peixe chamado Arabaiana ou Olho de Boi e ser diagnosticada com a Síndrome de Haff, uma doença pouco conhecida pelos médicos e que tem como principais sintomas dor e rigidez muscular, falta de ar, dormência e urina preta. A irmã de Priscyla, Flávia, também passou mal e chegou a ser internada, mas se recuperou e já recebeu alta.

Peixe Arabaiana ou Olho de Boi

Segundo relato feito por Betânia, a família foi almoçar na casa de Flávia no dia 17 de fevereiro, quando comeram o peixe Arabaiana. Após 5h, Priscyla ligou para a mãe e disse estar se sentindo estranha. De repente, começou a sentir dores fortíssimas nos músculos e caiu no chão, com o corpo duro. Betânia ligou para a irmã Flávia, e elas levaram Priscyla ao hospital Boa Viagem. "A médica de plantão disse que ela estava tendo uma crise de ansiedade e passou Diazepam. Eu pensei "não", e ela só piorava e a musculatura endurecia mais e mais. [Ela] gritava: "O que houve comigo, socorro", e ninguém sabia, e nisso levou uns 40 minutos para conseguirmos tirar ela dura de uma cadeira de rodas e colocar no carro. Chamamos a ambulância, porém sabendo que estava se agravando e a mesma demorando, conseguimos colocar ela aos gritos no carro e seguimos ao hospital", contou Betânia. Priscyla ficou dias internada, teve o fígado e os rins comprometidos e ficou dias sem conseguir se mexer, até vir a falecer nesta terça-feira.

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