Cidades Prevenção

Como reduzir o risco de acidentes com crianças. Especialista do Corpo de Bombeiros dá dicas

Essa semana, um bebê de seis meses morreu no município de Luís Eduardo Magalhães, após escorregar e ficar preso no cinto de segurança do carrinho de passeio. Casos são trágicos e comuns.

Por Maíra Côrtes

17/06/2020 às 06:00:00 - Atualizado há
Foto: Natália Verena/SSP-BA
Um bebê de seis meses foi encontrado morto dentro de casa, no município de Luís Eduardo Magalhães, Oeste do estado, após escorregar e ficar preso ao cinto de segurança do carrinho onde dormia. O caso, ocorrido no último domingo (14), alarga as estatísticas de acidentes domésticos envolvendo crianças de até um ano que, embora trágico, é cada vez mais recorrente.

O Ministério da Saúde alerta que, no Brasil, o acidente doméstico é a principal causa de mortalidade na faixa etária de 1 a 14 anos. Entre bebês com menos de um ano, os tipos mais comuns são sufocamento e afogamento.

De acordo com o tenente-coronel Ramon Dieggo, comandante do 3º Grupamento de Bombeiros Militar*, em Salvador, muitas vezes o acidente acontece porque o bebê está em uma posição em que o pai ou a mãe não percebem os riscos.

"É importante sempre colocar a criança em uma posição que dê para observar o comportamento, o reflexo, se ela está se mexendo, o padrão de respiração e o olhar", aconselha.

O especialista também lembra os cuidados que pais devem ter em ambientes onde se costuma acomodar bebês como berço e bebê-conforto.

"Alguns itens podem tapar as vias aéreas, como brinquedos, determinados objetos, travesseiros, cobertores", alertou.
Para o coronel Ramon, o maior o risco é o de asfixia ocasionada pelo peso de materiais, acessórios e equipamentos esquecidos dentro das estruturas. "Uma vez em cima do bebê, ele não consegue sair da situação e 40 segundos são suficientes para perder a consciência, evoluindo para uma parada cardiorrespiratória", ressalta.

Segundo dados da ONG Criança Segura Brasil, 90% desses acidentes poderiam ser evitados com medidas simples de prevenção. "Eu sempre reforço que criança deve estar sob supervisão de adulto constantemente", finaliza o militar, acrescentando que o cuidado também deve ser redobrado em elevadores e perto de janelas, pois, "a criança não tem a percepção de risco como um adulto. Por isso, é sempre bom estar em alerta, mesmo ao mínimo grau de risco".
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