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Mulher denuncia policial militar por agressão após discussão por política na Bahia

Caso aconteceu em Feira de Santana e foi registrado em delegacia. Suspeito do crime disse que irá se pronunciar apenas no processo.

Por G7 Bahia

08/06/2023 às 13:47:11 - Atualizado há poucos minutos

Foto: Reprodução

Uma mulher foi agredida com um soco no rosto por um policial militar em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, após uma discussão por causa de opiniões políticas divergentes. De acordo com a Polícia Militar, o homem foi afastado das atividades.

O caso na noite de domingo (4) e foi registrado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que investiga a agressão nesta quinta-feira (8). O g1conversou com a vítima, a estilista Flávia Sacramento, que relatou como a situação aconteceu.

Segundo Flávia, ela e o policial, identificado como Fabrício Borges, eram amigos e estavam reunidos com outras pessoas. Ao conversarem sobre educação, o papo tomou um rumo político e os ânimos se exaltaram, por terem opiniões diferente.

Flávia disse que, em uma tentativa de finalizar a briga, adotou uma atitude debochada e pediu para o policial "estudar e adquirir conhecimento". Fabrício então se exaltou e passou a atacá-la com ofensas e xingamentos, além de ameaçar a estilista.

"Ele começou a me atacar de forma pessoal. Disse que minha família era de "filhos da puta", que eu era uma "puta preta", sustentada por macho. Ele disse que se eu falasse mais uma vez que ele deveria estudar, me bateria", relatou.

Depois de insultar Flávia, Fabrício então partiu para cima da estilista com chutes e soco. O celular da vítima também foi quebrado pelo suspeito. O g1 entrou em contato com Fabrício, que informou que não tem autorização para falar sobre o caso e que irá se pronunciar apenas no processo.

"Ele me deu um soco no rosto e, com o impacto, bati minha cabeça na parede. Ele ainda me deu uma rasteira, eu caí e ele me chutou. Só não me bateu mais porque o pessoal tomou frente. O tempo todo ele ameaçou pegar a arma que estava na cintura", descreveu.

No momento da agressão, Fabrício não estava fardado, nem em serviço. Além de afastá-lo das atividades, a Polícia Militar também abriu processo para apurar as circunstâncias do fato. A vítima ainda informou que está com medo de sair de casa, porque o PM sabe o endereço dela.