A Secretaria Municipal da SaĂșde (SMS) registrou nesta segunda-feira (25) mais dois casos confirmados da "Monkeypox", conhecida como "varĂola dos macacos", na capital baiana. Com esses, a capital baiana possui cinco casos da doença.
De acordo com a secretaria, os pacientes são do sexo masculino, tĂȘm 29 e 34 anos, moram em Salvador e tiveram o inĂcio dos sintomas em 4 de julho.
Os homens não necessitaram de hospitalização e seguem em isolamento em domicĂlio, com boa evolução. Eles tiveram contato próximo e apresentaram febre de inĂcio sĂșbito, dor lombar, erupção cutânea e dor de cabeça. A rede municipal dispõe de 16 postos de urgĂȘncia que funcionam ininterruptamente, nos sete dias da semana, inclusive feriados, em regime 24 horas. [Veja lista ao final da matéria]
A SMS detalha que entre os casos suspeitos residentes em Salvador, cinco (22,7%) foram confirmados para Monkeypox (quatro por critério laboratorial e um por critério clĂnico-epidemiológico). Todos os pacientes são do sexo masculino e mediana de idade de 29 anos.
Em relação às manifestações clĂnicas, todos os casos apresentaram febre, adenomegalia e erupções cutâneas. Dos casos confirmados, dois (40%) são residentes do Distrito SanitĂĄrio (DS) Barra/Rio Vermelho e trĂȘs (60%) do DS Cabula/Beiru.
A Secretaria Estadual de SaĂșde da Bahia (Sesab) ainda não confirmou esses outros dois casos e contabiliza trĂȘs pacientes com a doença conforme divulgado na Ășltima quinta-feira (21). Todos os pacientes são moradores de Salvador. O primeiro registrofoi no dia 13 de junho, o segundo em 14 de junho e o terceiro na quarta-feira (20).
Outros 13 casos suspeitos estão sendo investigados. São notificações dos municĂpios de Salvador (5), Santo Antônio de Jesus (2), Vitória da Conquista (2), Camaçari (1), Camamu (1), Ilhéus (1), Porto Seguro (1).
Contato
A varĂola do macaco pode ser transmitida pelo contato com fluidos corporais, secreções respiratórias, lesões na pele ou mucosas de pessoas infectadas. HĂĄ também o risco de contaminação pela utilização de materiais contaminados, como toalhas, roupas de cama e utensĂlios domésticos contaminados e/ou contato com animais infectados pelo vĂrus.
Os principais sintomas observados nos indivĂduos infectados são febre, dor de cabeça, dores nas costas ou musculares, inflamações nos nódulos linfĂĄticos, lesões na pele, que começam no rosto e se espalham pelo corpo, atingindo principalmente as mãos e os pés. O vĂrus tem um perĂodo de incubação que pode variar de cinco a 13 dias. De acordo com a Organização Mundial de SaĂșde (OMS), os sintomas duram de 16 a 21 dias.
Ao apresentar os sintomas da doença, a orientação da SMS é que o paciente busque uma unidade de urgĂȘncia e emergĂȘncia. Veja abaixo a lista com os 16 postos de urgĂȘncia de Salvador que funcionam ininterruptamente, e onde é possĂvel buscar atendimento.
Locais de atendimento
- UPA Santo Antônio (Roma)
- UPA San Martin
- UPA Barris
- UPA Paripe
- UPA Periperi
- UPA Valéria
- UPA Brotas
- UPA Parque São Cristóvão
- UPA PirajĂĄ/Santo InĂĄcio
- UPA Itapuã
- PA Orlando Imbassahy (Bairro da Paz)
- PA Alfredo Bureau (Marback)
- PA Edson Teixeira (Pernambués)
- PA Rodrigo Argolo (Tancredo Neves)
- UPA São Marcos
- UPA Maria Conceição Imbassahy (Pau MiĂșdo)
Bahia
O que é a varĂola dos macacos?
A varĂola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
- Por contato com o vĂrus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vĂrus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varĂola às pessoas.
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato Ăntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varĂola do macaco pode se espalhar através do sĂȘmen ou fluidos vaginais.
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebĂȘ durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Ălceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vĂrus pode se espalhar pela saliva.
Isolamento
Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas, deve-se usar a mĂĄscara cirĂșrgica bem ajustada, protegendo a boca e o nariz.
Além disso, é importante que o paciente lave as mãos vĂĄrias vezes ao dia, preferencialmente com ĂĄgua e sabonete lĂquido. Se possĂvel, deve usar toalhas de papel descartĂĄvel para secĂĄ-las.
Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser reutilizados após higienização.