Petrópolis: pelo menos 134 pessoas estão desaparecidas, diz Polícia Civil

A cidade de Petrópolis tem pelo menos 134 desaparecidos, segundo informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O município foi devastado após ser atingido por fortes chuvas na última terça-feira (15).

Até agora, são 104 mortos localizados e, entre eles, 33 foram identificados. Segundo informações do portal Uol, 101 corpos já estavam no Instituto Médico Legal, sendo 65 de mulheres e 36 de homens. Entre as vítimas encontradas, 13 eram menores de idade. Os nomes não foram divulgados.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que os dados dos desaparecidos passarão por um cruzamento de informações com as identidades dos mortos. Os agentes da corporação também estão indo a pontos de apoio e abrigos para colher informações.

Segundo o Uol, também há um cadastro para desaparecidos no sistema do Ministério Público do Rio de Janeiro. Os dados foram compilados pelo Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos. No entanto, não se sabe se há nomes em comum nas duas listas. Tampouco há informações se alguma das pessoas identificadas como desaparecidas está entre as vítimas não identificadas no IML.

As buscas na região continuam. Há previsão de chuva para esta quinta-feira (17) e também para os próximos dias, mas com menos intensidade.

Mortes em Petrópolis

Ao menos 104 pessoas, incluindo duas crianças, morreram devido ao forte temporal que atingiu na tarde desta terça (15) a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, causando inundações, enxurradas e deslizamentos.

Até a tarde desta quarta (16), a Defesa Civil Municipal contabilizou 325 ocorrências: 269 deslizamentos de terra e 56 desabamentos e quedas de muro e árvores. As equipes ainda trabalham nos resgates, pois há grande dificuldade de acesso em alguns locais.

No total, 439 pessoas estão sendo acolhidas em 33 escolas públicas do município. O governo do estado também informou que 24 pessoas foram salvas com vida e que um hospital de campanha com dez leitos foi montado para oferecer os primeiros atendimentos.

A tragédia acontece na mesma região onde, 11 anos atrás, ao menos 918 pessoas morreram em outra tempestade de verão, numa das maiores catástrofes do país. Até hoje há divergências no número de desaparecidos, e casas interditadas voltaram a ser ocupadas.